segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AVECOLPENVI

Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Eles fitavam a chama na fogueira. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso. Uma coisa é o que eu vivo. Outra coisa é o que eu penso.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Verdadeira Coleção Pensamento Vivo


Uma coisa é o que eu vivo,
outra coisa é o que eu penso.
Se vivo em um
e penso em outro
então vivo pensando,
ou penso viver.

O pensamento vivo é o que vivo,
e não o livro.
O livro, entretanto, é o pensamento vivo
daquilo que se julgava morto.

É o engodo feliz da existência;
o movimento,
que em diversas matérias,
constitui um espírito, quiçá um todo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Falando de coisas

Falando de sabedoria, existem duas vias de aprender, uma é através do amor, e outra através da dor. Através da dor a gente nunca esquece.
Falando de conhecimentos, também existem duas vias de aprender: uma é através do encontro com outras pessoas e outra é através do encontro consigo mesmo. Quem já foi eremita nunca esquece o silêncio da estrada.
Desconfia-se que a aprendizagem é a centelha, que todos compartilham. É fato comprovado magicamente: as maiores sabedorias não se encontram nos livros, mas nas conversas.

Querida Mimosa,

É com muito pesar no coração – não tão grande quanto o seu – que confesso esse triste acontecimento: hoje comi um hambúrguer. É difícil de engolir, mas na hora não foi. Era da tua raça, uma fêmea – avisa pro chifrudo do marido dela. Tava gostosíssima, como a sensação de saborear uma picanha mal passada. Do passado lembro de nós duas entrelaçadas no chão do bosque, enroladas no vento, perdidas na noite. Éramos umas perdidas né!? Você com a pasta, que eu preparava, e eu com os cogumelos, que você preparava. Éramos duas loucas, errantes, só eu, você e o pasto, vasto mundo.
Hoje sou normal.

Cicatrizte

Eu tinha um amigo chamado cicatriz
Eu tinha um amigo
Eu tinha

Eu, cicatriz, tinha um amigo

Uma migalha de ilusão do pão da vida

Uma migalha de ilusão paira no oceano azul marinho que é o céu. A correnteza do rio corre, e ri da liberdade de estar em movimento. Na árvore, o fruto aguarda o momento da queda. No chão, o bicho; que tudo fareja, que tudo perscruta. Na orelha peluda, o perfume do perigo. Das sombras da terra, garras enormes. Fim. E início. Na grama recém cúmplice de um assassinato um casal trepa da forma mais dionisíaca enquanto os pássaros nada vêem de moralmente repreensivo e, harmônicos, gorjeiam melodias nupciais. Finda a concepção, um cigarro aceso coringa as bocas agora individuais. Na marola do amor natural a natureza impõe a certeza de que só o amor salva, e de que a morte – a grande ou a pequena – são necessárias. Olhando os dois para o céu sem pensar na vida, mas vivendo-a, percebem ambos uma estrela que paira no céu. Luz morta, ainda visível para os vivos. No rio um tronco, no vento um papagaio. Sem pensar na morte o ser humano morre, a cada segundo. E quando sua luz se extinguir finalmente, será a ilusão do movimento, da gravidade, do medo, da morte e do amor o que o verdadeiro véu que encobriu a vida irá naturalmente desvelar.

Laboratório

Coletivo. Criação.